Caro leitor, estou aqui para conversarmos sobre um tema que a muito tempo vem sendo um questão para alguns de vocês. O tema abordado e muito falado é sobre as postagens que são feitas na internet “aqueles momentos felizes e sem frustrações e sim com ostentações”, sendo afetado não só para quem olha, mas para quem publica. As pessoas costumam empregar falsos padrões de avaliação a respeito do outro, sempre há uma comparação do sucesso, do poder, da riqueza. Dentre milhares de pessoas existem as diferenças entre os seus pensamentos, ações e sentimentos.
Sabemos como é possível perceber e também difícil para muitos colocarem suas vontades e desejos à frente, deixando de olhar somente a vida de outras pessoas. Talvez, estas vontades não são percebidas com facilidade, elas soam estranhas, com incertezas e dúvidas, assim, as pessoas costumam atribuir sua dificuldade ao mundo externo, à sociedade, até mesmo a uma pessoa específica e não se dão conta que se originam delas mesmas, do seu próprio eu. Com pensamentos da frase clichê “o que os outros vão pensar”, muitos desistem de tentar e querer, não indo em busca daquilo que querem.
O sofrimento e o desprazer podem vir através da rede social, mas não só. Além das redes sociais, é a forma que cada um tem de ver e levar a vida como deseja. As pessoas costumam se afastar do convívio social quando encontram-se em sofrimento.
E se o sujeito nega o desconforto e o desprazer, ele isola seu eu de tudo que pode tornar fonte desde sofrimento, mesmo não lhe fazendo bem, ele continua admirando os internautas. O sujeito está disposto a sempre buscar o prazer absoluto, mas sofre com esta busca, pois ela acontece em forma de defesa contra sensações de desprazer.
O que você pede da vida e o que deseja realizar?
Acredito, que muitos se esforçam para obter felicidade, mas para isso não querem sofrimento e desprazer, ou seja, buscam prazeres a todo custo e é aqui que entra a “felicidade absoluta”. O que chamam de felicidade é o que vem a partir de uma satisfação, uma necessidade, onde nossos prazeres não podem ser intensos e nem tão pouco determinado a saberem suportar tantos momentos e sentimentos ao mesmo tempo, sem ser restringidos.
Se pensarmos na infelicidade, as pessoas tendem a experimentar mais e com mais dificuldade em permitir ter momentos felizes. Um sofrimento pode vir através de outros relacionamentos humanos, onde o sujeito se defende e se afasta. Esta defesa acaba se tornando um isolamento voluntário para afastar-se das pessoas.
Todo sofrimento advém de uma sensação.
Nós estamos sempre em busca daquilo que nos satisfaz, equivalente a nossa felicidade, mas um grave sofrimento surge a uma recusa, a uma defesa para satisfazer nossas necessidades. É aí, que tentamos controlar nossas vidas. As pessoas costumam não tolerar frustrações que a sociedade lhe impõe a serviço de seus ideais, mas com a redução dessas exigências pôde-se ter a possibilidade de felicidade.
A felicidade é algo subjetivo e de cada um. Permita ser feliz.
Psicóloga e Psicanalista desde 2015. Proprietária da Clínica Arte do Diálogo localizada em Florianópolis.
Atendimento presencial e on-line.